Qual a importância da palhada para os sistemas de cultivo?

Qual a importância da palhada para os sistemas de cultivo?

A palhada deixada sobre a superfície do solo garante a cobertura e a proteção contra processos que podem prejudicá-lo.

Assim, o plantio direto diminui o impacto da agricultura e de máquinas agrícolas sobre o solo, por dispensar qualquer método convencional para o seu preparo.

Esse sistema permite, ainda, a produção de sementes de maior qualidade e o aumento da matéria orgânica no solo, o que reduz as emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa.
 
A semeadura da soja no sistema de plantio direto é feita hoje em várias regiões brasileiras, e traz resultados positivos em 80% das áreas agrícolas.

A lavoura fica menos vulnerável a eventos climáticos extremos, e produtividade média dela é 20% superior à do manejo de solo convencional, o que significa que, a cada 5 anos, o produtor ganha, com os mesmos recursos que investe, o equivalente a uma safra; o que, é claro, aumenta a sua renda.

A palhada tem a função de proteger o solo e pode ser comparada com um guarda-chuva, no verão (estação chuvosa) protege o solo da ação direta dos raios solares, mantendo a sua temperatura amena e retendo a sua umidade, o que favorece significativamente a germinação das sementes, o desenvolvimento e a produção das lavouras; protege o solo da ação desagregadora do impacto direto das gotas de água das chuvas, reduzindo a erosão, que causa a perda de solo e de água, a contaminação e o assoreamento de nascentes, rios e reservatórios de água.

Na estação seca (inverno) protege o solo contra a perda de umidade provocada pelo sol e pelos ventos, resultando numa economia de água de irrigação de até 30%. Ela também tem contribuído para a redução de plantas daninhas e de doenças severas das culturas irrigadas como o mofo branco do feijoeiro, que atualmente também tem afetado a cultura da soja no verão.

A palhada tem ainda outras funções extremamente nobres como proporcionar maior atividade biológica no solo potencializando o controle biológico de pragas e doenças, permitindo o aumento do teor da matéria orgânica do solo (MOS), que pode responder por até 80% da capacidade de troca catiônica (CTC) dos solos do Cerrado.

A CTC é capacidade de armazenamento de fertilizantes dos solos, então se ela for pequena e forem realizadas adubações em doses elevadas, grande parte será perdida, não aproveitada pelas plantas, podendo causar a contaminação do lençol freático.

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